sábado, 16 de julho de 2011

OS TEMPLÁRIOS - PARTE 3 - FINAL

DECLÍNIO E QUEDA
A motivação original de Huge de Payns sustentou a Ordem dos Templários por um breve período, visto que uma profunda mudança interna ocorreu devido ao inesperado e esmagador sucesso da Ordem, pelo impulso ganho através dos privilégios papais e por ela ter se transformado num tipo diferente de ordem daquela idealizada por seus fundadores.
Guilherme de Tiro reconhecia a Ordem tal qual havia sido concebida, mas não como se tornara depois. Assim, dada a drástica mudança no caráter dos templários, foi lançada uma forte e regular crítica contra eles. Segundo escreveu Edward J. Martin: “Nenhuma sociedade de homens poderia ter mantido tantos privilégios sem cair na impopularidade.”

No final do século XII, a crítica foi centrada em dois pecados capitais: o orgulho e a avareza.
Ao que tudo indica os privilégios e isenções de impostos não foram suficientes para a Ordem, que se tornou mais gananciosa à medida que sua riqueza aumentou. Papas como Inocêncio III e Alexandre III, se mostraram fortes opositores dos templários sempre que necessário, mesmo utilizando, contraditoriamente, seus serviços de transporte de fundos para a Terra Santa.
Por fim, uma conspiração articulada entre o rei da França Phelippe IV e o Papa Clemente V, aprisionou em 13 de outubro de 1307 a grande maioria dos templários da França, que foram julgados e eliminados.


LENDAS E MITOS
Uma série de lendas foi gerada e se confundem com os fatos em torno dos templários. É possível que tenham desenvolvido uma filosofia influenciada pela sabedoria oriental, some-se a isso as acusações apresentadas no período da queda e uma longa série de hipóteses interessantes que vão desde a adoração ao demônio até a influência arquitetônica. Especula-se que até a sua fundação teria sido planejada por Bernardo de Clairvaux com objetivo de buscar a Arca da Aliança e as Tábuas das Leis Divinas.
O mito da heresia surgiu através das acusações que dissolveram a Ordem em toda a Europa. Os cavaleiros declaravam, sob tortura, que cuspiam e andavam sobre a cruz, trocavam beijos obscenos no umbigo e nas nádegas, negavam a divindade de Cristo e idolatravam uma imagem demoníaca denominada Baphomet. Todas as confissões eram negadas após o término das torturas.
Diz-se que um grupo de cavaleiros templários altamente treinado teria se refugiado na Escócia na época da perseguição e ajudaram Robert Bruce a fazer a independência daquele país.
Provavelmente, em 1250 os templários haviam estado na América. Devido ao seu grande desenvolvimento econômico, sobretudo com minérios como ouro e prata, que teria sido extraído do continente americano.
Após a extinção da Ordem, os templários portugueses passaram a denominar-se Ordem de Cristo e mudaram sua bandeira. As naus que aportaram no Brasil traziam a bandeira dessa nova Ordem. É provável que Pedro Álvares Cabral não fosse apenas um navegador, mas um dos altos comandantes da Ordem de Cristo, que fez uso dos mapas e cartas náuticas templárias para “descobrir” o Brasil.


CONCLUSÃO
Observa-se, após a exposição do assunto, que sobre os Templários repousa uma aura de mistério desde sua criação, tenha sido ela para realizar os objetivos declarados por seus fundadores ou não, e que sua atuação em batalha era muitas vezes temerária.
É importante ressaltar que ainda em nossos dias há curiosos e também renomados intelectuais que se empenham em tentar solucionar o enigma dos Templários, criando lendas e fantasias que especulam sobre a Ordem do Templo, gerando teorias conspiratórias.

(Texto enviado por Ivatan Holanda - UFES)

Nenhum comentário:

Postar um comentário